Ronco
O ronco é um ruído produzido pela vibração dos tecidos da garganta conseqüente passagem “forçada” do ar e isso ocorre quando há um estreitamento no espaço da via aérea superior. Enquanto nas crianças a causa desse estreitamento é quase sempre aumento de amígdalas, adenóide e cornetos nasais, nos adultos a causa pode também estar associada ao relaxamento e flacidez da musculatura e demais estruturas da via aérea.
Ronco Infantil
O tratamento na maioria das vezes não é cirúrgico, mas quando indicado, consiste em reduzir ou retirar os tecidos moles aumentados, como amígdalas, adenoide e cornetos nasais. Estudos tem demonstrados uma taxa significativa de insucesso da cirurgia tradicional de retirada das amigdalas e adenoide. Acreditamos que boa parte desses casos de falha se deve ao não adequado tratamento dos cornetos nasais e possível recidiva da adenoide. Por isso o Dr. Rafael realiza a cirurgia da adenoide por vídeo e laser, com isso acreditamos diminuir chances de recidiva da adenoide e, além disso, realizamos a redução do corneto inferior (carne esponjosa) através da turbinoplastia por laser, técnica que o Dr. Rafael possui experiência para fazer mesmo nos pequenos pacientes.
Respiração Bucal
A respiração bucal pode esconder diversos problemas.
A respiração oral e o ronco na criança podem esconder diversos problemas, como alterações da qualidade do sono, alterações de mordida, posicionamento da língua, mastigação, crescimento ósseo da face, postura corporal, entre outras. Por isso o tratamento pode envolver um trabalho multiprofissional. Inicialmente avaliamos se há alguma obstrução anatômica importante por aumento de amigdalas, adenoide e cornetos nasais, para em seguida traçar um plano de tratamento. Em alguns casos o tratamento clínico é o suficiente. Porém, há pacientes que não melhoram ou alternam entre períodos com melhora e piora, nesses casos podemos considerar a cirurgia.
Há um grupo de pacientes que apresentam ronco intenso com pausas respiratórias (engasgos), ronco alto que dá para ouvir de outro quarto, hiperextensão cervical para tentar facilitar a entrada do ar, sono agitado, irritabilidade diurna. Quando identificamos alguns desses fatores e alterações anatômicas compatíveis, a cirurgia passa a ser mais provável.
Avaliando paciente de diferentes faixas etárias vemos em nossa rotina as consequências da respiração oral no longo prazo, consequências que se estendem por toda vida adulta, com alterações estéticas da face, funcionais e respiratórias. Um exemplo comum, as alterações bucais decorrentes da respiração oral alteram a arcada dentaria e crescimento da maxila e mandíbula, necessitando de ortodontia futura. Além disso, pode ocorrer elevação do “céu” da boca, gerando tensão no septo nasal que está logo acima e quando ocorre o estirão do crescimento na puberdade, pode se formar desvio de septo, giba óssea ou corcova no nariz, tortuosidades na aparência do nariz, sinusites recorrentes entre outras alterações que podem necessitar de cirurgias mais complexas. Por isso, o Dr. Rafael acredita que o tratamento cirúrgico na infância, quando bem indicado e realizado, pode ser “o mais conservador” pensando no longo prazo, pois pode evitar futuros tratamentos mais agressivos e de piores resultados.
Caso é cirúrgico?
Há casos em que a indicação é relativa (opcional) e outros em que é absolutamente recomendado.
Em alguns casos o tratamento clínico é o suficiente. Porém, há pacientes que não melhoram ou alternam entre períodos com melhora e piora, nesses casos podemos considerar a cirurgia. Há um grupo de pacientes que apresentam ronco intenso com pausas respiratórias (engasgos), ronco alto que dá para ouvir de outro quarto, hiperextensão cervical para tentar facilitar a entrada do ar, sono agitado, irritabilidade diurna. Quando identificamos alguns desses fatores e alterações anatômicas compatíveis, a cirurgia passa a ser mais provável.
Cirurgia Adenóide
Nossa preferência é pela técnica por Vídeo-endoscopia e Laser.
Quando a tonsila faríngea (Adenóide, também chamada de carne esponjosa) está aumentada a criança pode apresentar obstrução nasal com conseqüente respiração oral, roncos, sono agitado, otites recorrentes e até apnéia do sono. Se não há melhora com o tratamento clínico, a cirurgia deve ser realizada. Não existe idade mínima para operar!
Como fazemos: Com o auxílio de um vídeo-endoscópico (pequena câmera posicionada dentro do nariz) removemos a adenóide sob visão direta com Laser, permitindo ação precisa e com mínimo sangramento. O Dr. Rafael acredita que dessa forma minimizamos a chance da Adenoide “voltar”.
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Adenóide pode voltar?
É possível. A depender de fatores do paciente e da técnica cirúrgica.
A depender da técnica cirúrgica e de fatores do paciente, como idade, grau de alergia e processos inflamatórios nas vias aéreas, é possível que ela cresça novamente causando obstrução nasal. A realização da cirurgia com visualização direta da Adenoide por sistema de vídeo imagem permite remoção mais adequada do tecido, com tendência a melhor resultado cirúrgico no longo prazo.
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Cirurgia Cornetos
Além da retirada das amígdalas e Adenóide, em alguns casos é fundamental reduzir os cornetos.
Num paciente que apresenta obstrução nasal, independente da idade, é muito comum ocorrer aumento dos cornetos nasais (também erroneamente chamados de carne esponjosa), podendo estar associado a outras alterações como desvio de septo e/ou aumento da Adenóide. Os sintomas mais comuns são “nariz entupido”, respiração oral, roncos, dificuldade para realizar exercício físico entre outros. Quando o tratamento clínico não resolve, a cirurgia para redução dos cornetos poderá ser indicada. Ao optar pela cirurgia, atentar para as diferenças de técnica, pós-operatório e resultado a longo prazo.
Como eu faço:Com o auxílio de um vídeo-endoscópico (pequena câmera posicionada dentro do nariz) removemos a estrutura óssea do corneto e reduzimos o tecido submucoso com Laser, permitindo ação precisa e com mínimo sangramento. Essa técnica, chamada de Turbinoplastia, permite redução considerável dos cornetos com preservação de sua mucosa funcional. Não necessita de tampão nasal.
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https://youtu.be/rPagA31V6Jo
Cirurgia Amígdalas
Consideramos a retirada quando ela cresce demasiadamente e atrapalha na respiração.
Aumento das amígdalas: As amígdalas palatinas são tecidos linfóides que ajudam na produção de anticorpos contra microorganismos que entram em contato com nosso organismo através da boca. No entanto em alguns pacientes ela pode aumentar de tamanho de forma significativa, principalmente a partir dos 3 anos de idade, podendo ocasionar obstrução respiratória, com má qualidade do sono, roncos, apnéia do sono, respiração oral e alteração do crescimento em alguns casos. Nem sempre tudo isso ocorre. Nesses casos os prejuízos são claros e a retirada das amígdalas deve ser considerada por um Otorrino. Diversos estudos já foram realizados com milhares de crianças e não há nenhuma evidência de que após a retirada das amígdalas o indivíduo tenha sua imunidade reduzida, pelo contrário, as crianças operadas sofreram menos infecções do que crianças não operadas. Isto porque após infecções recorrentes ocorre uma substituição do tecido normal por um tecido fibroso (duro) com conseqüente diminuição da função imunológica, tornando-se um possível foco de novas infecções.
Amigdalite recorrente: Quando um paciente apresenta amigdalite bacteriana recorrente com necessidade de antibióticos pode ser considerado a cirurgia após falha do tratamento clínico. O critério da sociedade brasileira de Otorrinolaringologia é de no mínimo 3 amigdalites por ano, por 3 anos consecutivos. Porém esse critério não é seguido de forma rígida e a conduta de cada caso costuma ser individualizada.
Caseum: Trata-se de detritos orgânicos que se alojam nas criptas (buracos) das amígdalas. Podem causar odor desagradável e desconforto para o paciente. Quando não melhora com tratamento clínico a retirada das amígdalas pode ser considerada.
Ronco Adulto
O tratamento do adulto costuma ser mais desafiador, pois identificar os pontos de obstrução da via aérea não é tão simples como nas crianças. Cada paciente costuma ter uma combinação particular de alterações onde podemos atuar, portanto, o tratamento é muito individualizado. Por exemplo, um tratamento que deu certo no seu amigo pode não dar nada certo em você. Na avaliação utilizamos exames complementares, entre os quais a Endoscopia do Sono Induzido, que permite a avaliação dinâmica da via aérea durante sono induzido (ambiente hospitalar). Assim conseguimos identificar a região anatômica acometida, o que faz diferença na escolha dos diferentes tratamentos.
Os procedimentos cirúrgicos mais comuns para o tratamento do ronco e da apneia do sono em adulto são: cirurgia nasal funcional, faringoplastia ou uvulopalatofaringoplastia e, mais recentemente, a cirurgia robótica. Há diversos outros tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos.
Ronco e Apnéia do Sono, porque tratar?
O ronco pode ser um sinal de dificuldade para respirar enquanto dorme.
Hoje em dia, somos obrigados a assumir uma rotina diária cada vez mais corrida e estressante, por isso dormir bem torna-se fundamental.
Durante o sono não estamos em total inatividade, é esperado um descanso mental e corporal (muscular e cardio-respiratório) mas também ocorre a liberação de importantes hormônios para o ajuste de nosso metabolismo, como o hormônio do crescimento e o hormônio da saciedade.
Assim, um sono de má qualidade, atrapalhado por dificuldade respiratória, leva a inúmeras implicações para a saúde: sonolência durante o dia, sensação de estar sempre cansado, dor de cabeça ao acordar, redução da memória e atenção, ganho de peso, alteração do humor, entre outras.
Caso esse quadro não seja corrigido, existe um risco aumentado para acidentes, obesidade e doenças cardiovasculares com elevada morbidade e mortalidade, como infarto do miocárdio, diabetes e acidente vascular cerebral.
Meu caso é cirúrgico?
A cirurgia não é indicada para todos. Entenda como podemos avaliar isso atualmente.
Sabemos hoje selecionar melhor do que no passado os pacientes que se beneficiam mais com a cirurgia. Um dos maiores avanços se deu através da Endoscopia do Sono, que permite identificar o local e padrão de obstrução ou colapso da via aérea. Com essa informação ficou mais claro identificar quais tipos de obstrução tem benefício ou não com a cirurgia. Ao optar por um tratamento cirúrgico, é importante selecionar qual tipo de cirurgia é a mais adequada para cada caso e, além disso, a execução da técnica cirúrgica também irão fazer diferença.
Endoscopia do Sono
Exame inovador que pode ajudar na escolha do tratamento. Realizado em hospital.
Para melhor avaliação e seleção do tratamento para pacientes com Roncos e/ou Apnéia do Sono, podemos realizar a Endoscopia do Sono Induzido. Este exame é o único que permite visualizar a via aérea do paciente com ele roncando durante o sono induzido (intra hospitalar) e isso permite localizar o local e tipo de obstrução da via aérea. Estas informações podem ser decisivas no sucesso ou falha dos diferentes tratamentos.
Faringoplastia expansora
Consiste em aumentar espaço e estabilidade da faringe, para diminuir o ronco e apneia.
Operamos sob visão direta, retiramos tonsila palatina (amígdalas) e reposicionamos parte da musculatura e tecidos para expandir o espaço faríngeo. É uma das cirurgias mais comuns na faringe (garganta) e, na opinião do Dr. Rafael e de diversos especialistas, a que tem melhor resultado entre as cirurgias faríngeas. O resultado depende de uma correta indicação (não funciona para todos os casos) e de sua execução técnica apropriado, por ser um pouco mais elaborada. O pós operatório costuma ser doloroso (semelhante ao da cirurgia de retirada das amígdalas) e necessitar de analgésicos e alimentação liquida-pastosa fria por 1 semana aproximadamente.
Cirurgia Robótica
O Robô da Vinci facilita operar regiões de difícil alcance.
Em alguns casos a obstrução ou colapso da via aérea ocorrem numa região “mais profunda da faringe”. A principal vantagem da cirurgia robótica é permitir abordar regiões de difícil alcance, com visão ampliada em 3D e com pinças delicadas e articuladas para facilitar o movimento.
Essa técnica foi desenvolvida pelo italiano Dr. Claudio Vicini e realizada no Brasil pela primeira vez em 2014 no Hospital Sírio Libanês. O Dr. Rafael teve o privilégio de acompanhar esse procedimento.
Assim como nas demais técnicas cirúrgicas, o sucesso depende de uma correta avaliação, indicação e execução cirúrgica. A cirurgia robótica é utilizada numa parcela menor dos casos cirúrgicos, que são aqueles com aumento da tonsila lingual e/ou instabilidade da epiglote. O Dr. Rafael acredita que com o passar dos anos utilizaremos cada vez mais esse recurso nos grandes centros, podendo beneficiar mais pacientes. O pós-operatório requer analgésicos, repouso e dieta liquida-pastosa por aproximadamente 1 semana.
Cirurgia Nasal
A cirurgia nasal pode auxiliar no tratamento do ronco no adulto, combinada a outras medidas.
A cirurgia nasal funcional pode contribuir para o tratamento do Ronco e Apnéia do Sono no adulto. Em geral, isoladamente não resolve o problema, mas a melhora da função nasal pode trazer benefícios como, por exemplo, facilitar a adaptação a um Cpap ou aparelho intraoral, trazer mais conforto respiratório no dia a dia e também durante o sono.
Outras cirurgias
Cirurgias que mudam a anatomia dos maxilares para aumentar calibre da via aérea.
Há outras cirurgias que envolvem mudanças na estrutura óssea da maxila e mandíbula, são as cirurgias ortognáticas. Ao mudar a posição dos ossos, mudamos o calibre da via aérea. Para alguns casos onde o problema principal são alterações na anatomia óssea, esse tratamento pode ser considerado.
São cirurgias que podem mudar um pouco a estética da face e são mais invasivos, com pós operatório mais delicado, mas tem grande potencial de melhora para casos bem selecionados.
Cirurgia resolve?
Depende. Pode trazer benefícios, principalmente se bem indicada.
A resposta ao tratamento depende da escolha de qual paciente operar e qual cirurgia realizar. Por isso a escolha deve ser individualizada. Primeiramente realizamos uma avaliação criteriosa dos diversos fatores do paciente, como gravidade, características anatômicas, local de obstrução e padrão de obstrução/colapso da via aérea, para em seguida avaliar se o tipo de obstrução pode ser tratado com algum tipo de cirurgia.
Tratamentos não cirúrgicos
Há o Cpap, aparelho intraoral, fonoterapia, entre outros.
Cpap: Aparelho que auxilia na respiração, mantendo o ar com pressão positiva na via aérea impedindo o seu colapso. É considerado o padrão ouro para casos de Apnéia do Sono moderada e, principalmente, nos casos graves.
Aparelho Intraoral: confeccionado por um dentista especializado, este aparelho é utilizado apenas na hora de dormir. Sua ação se deve ao impedir a abertura bucal (queda do queixo) e através de um pequeno avanço do mento (queixo) e com isso o calibre da via aérea fica maior, facilitando a passagem do ar. Consideramos esse tratamento geralmente em casos leves a moderados de Ronco e Apnéia do Sono.
Fonoterapia: consiste em realizar rotineiramente exercícios para musculatura da faringe (garganta) com intuito de melhorar sua ação dilatadora e estabilizadora durante o sono. Pode ser indicado para casos leves e o resultado depende muito da adesão do paciente aos exercícios.