RINOPLASTIA
A Rinoplastia é uma ciurgia complexa, pois cada nariz é diferente e a anatomia pode variar muito de um paciente para outro. Consequentemente as manobras cirúrgicas utilizadas devem ser individualizadas.
Para uma cirurgia bem sucedida, devemos analisar cuidadosamente todas as alterações estéticas e funcionais de cada paciente, em seguida elaborar um planejamento cirúrgico individualizado. Atualmente dispomos de programas que permitem fazer uma simulação aproximada dos resultados, o que facilita um entendimento maior entre o paciente e o médico com relação aos objetivos e expectativas.
Nossa abordagem pode ser chamada de estético-funcional, pois no mesmo ato cirúrgico corrigimos os problemas funcionais existentes. Também realizamos reforço ou reconstrução das estruturas nasais com a própria cartilagem do paciente para prevenir complicações futuras decorrentes da contração cicatricial, a isso damos o nome de Rinoplastia Estruturada, o que representa os últimos avanços.
Pela sua complexidade técnica e impacto na vida do paciente, a Rinoplastia requer muita atenção aos detalhes e comprometimento com o paciente. Por isso, é uma cirurgia que costuma durar de 4 a 6 horas, exigindo muita determinação, preparo, trabalho em equipe e recursos.
As manobras cirúrgicas mais comuns são a redução da giba ou corcova nasal, refinamento da ponta, rodar ou empinar o nariz, corrigir tortuosidades, estreitamento de narinas largas, correção de alterações funcionais no septo ou válvulas nasais, entre outras.
Simulado
Com programas de computador, simulamos o impacto das manobras na aparência do nariz.
Atualmente dispomos de programas que permitem fazer uma simulação aproximada dos resultados, o que facilita um entendimento maior entre o paciente e o médico com relação aos objetivos e expectativas.
Este recurso também ajuda o cirurgião a elaborar um planejamento melhor em relação a proporcionalidade das alterações previstas e seu impacto, diminuindo as chances de surpresas no momento da cirurgia. Por exemplo, as vezes ficamos na duvida se precisamos reduzir um giba ou aumentar a projeção da ponta nasal, no simulador testamos qual dessas combinações podem trazer melhor equilíbrio estético. O simulado não é garantia de resultado.
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https://youtu.be/xvAFsd2otHA
Medidas
Há novos instrumentos que auxiliam o cirurgião a aumentar a precisão.
No ínicio da cirurgia marcamos alguns pontos de referência e conforme realizamos as manobras podemos conferir se estão ficando conforme o planejado e fazer ajustes mais precisos. É impressionante como nosso olho, por mais treinado que seja, as vezes nos engana e essa ferramenta auxilia na busca pelo resultado almejado. Por exemplo, pequenos ajustes da escolha da melhor posição da ponta nasal (mais ou menos rodada/empinada) e na projeção da ponta (mais ou menos projetada) podem ser feitos com mais precisão, pois contamos com um aliado ao olho do cirurgião, que são os números indicados.
Ponta Nasal
A posição e forma da ponta nasal podem ser alteradas com a Rinoplastia.
A ponta nasal é um dos atributos de maior poder de embelezamento no nariz. A estrutura da ponta nasal é definida principalmente pela composição das cartilagens alares, septo nasal e pele.
As manobras mais comuns na ponta nasal têm como objetivo afinar a ponta nasal e coloca-lá em uma posição harmônica com o plano facial e o dorso nasal. Atualmente, para refinar uma ponta utilizamos técnicas de suturas e reposicionamento das cartilagens de suporte, ao invés de ressecções, com isso minimizamos riscos de contrações cicatriciais tardias mais severas que podem gerar obstrução nasal e retrações da asa nasal com deformidade estética e aspecto de nariz operado.
É importante estruturar a ponta nasal com enxerto de cartilagem na região columelar, para conseguirmos uma projeção adequada e também para evitar fragilidade e queda futura da ponta nasal. Atualmente a literatura médica chama este enxerto de “extensor septal” e o Dr. Rafael utiliza em praticamente todas as Rinoplastias.
Terço médio
A importância da estruturação do terço médio para prevenir obstrução nasal.
Situado entre a ponta nasal e a pirâmide óssea, o terço médio nasal é formado pelas cartilagens laterais superiores e o septo nasal. Ao realizarmos uma rinoplastia separamos essas cartilagens para fazer os ajustes necessários. É importante reestruturar essa região com enxerto de cartilagem do próprio e septo e com suturas, para evitar deformidades futuras como pinçamento dessa região, chamado de “V” invertido e obstrução da válvula nasal. Esse enxerto recebe o nome de “Spreader Grafts” e o Dr. Rafael o utiliza de rotina.
Dorso
Parte óssea do nariz. Sua altura deve estar em harmonia com a ponta e terço médio.
Para reduzir um dorso alto/adunco utilizamos instrumental cirúrgico como raspas para sua redução, nesse passo devemos ter cuidado para não deixar espiculas ósseas que podem se tornar visíveis ou palpáveis no longo prazo. Em alguns casos precisamos aumentar a altura do dorso e realizamos isso com enxertos de cartilagem do paciente para melhorar o equilíbrio estético do nariz e face do paciente.
Narinas Largas
Um estreitamento balanceado das narinas pode trazer melhor equilíbrio estético, sem comprometer a função nasal.
Consideramos narinas largas quando ultrapassam significativamente uma linha reta que passa pelo canto do olho. Quando isso ocorre e incomoda o paciente, podemos considerar o estreitamento das narinas através de, mais comumente, ressecção de uma parte do tecido e sutura. Devemos tomar cuidado em ser o mais simétrico possível e evitar resseções excessivas pois, ao diminuir o óstio narinário podemos diminuir a passagem de ar.
Nariz torto
A correção pode melhorar a função e a estética nasal.
O nariz torto representa um grande desafio cirúrgico. Há 2 tipos principais de nariz torto:
- Desvio de crescimento: nariz que não sofreu nenhum grande trauma e foi desviando ao longo do crescimento do indivíduo, geralmente começa a notar na adolescência.
- Desvio traumático: nariz previamente sem desvio significativo e após sofrer um grande trauma, apresenta tortuosidades.
Ambos requerem manobras cirúrgicas diversas, com fraturas e enxertos geralmente. O Nariz traumático geralmente tem um resultado cirúrgico melhor do que o nariz com Desvio de crescimento, pois neste último há “memória” ou tendência dos tecidos que recobrem o nariz em trazê-lo de volta a posição desviada, por isso várias técnicas em conjunto deverão ser utilizadas e é importante o paciente entender as dificuldades e possíveis limitações.
Fraturas
Manobra que permite reposicionamento da estrutura óssea nasal.
As fraturas dos ossos nasais são necessárias em alguns casos, quando precisamos afinar uma pirâmide nasal óssea larga, após diminuição de um dorso aumentado e também em narizes com tortuosidades na pirâmide óssea. As fraturas são responsáveis pela maior parte dos hematomas que se formam nos primeiros dias após a cirurgia.
A utilização de instrumentos delicados, bom descolamento dos tecidos previamente a fraturas e boa compressão dos tecidos logo após as fraturas podem amenizar os hematomas, que no geral desaparecem por completo em até 3 semanas após a cirurgia. Essa manobra gera instabilidade na pirâmide nasal e necessita de um curativo externo posicionado ao final da cirurgia. Retiramos tal curativo em aproximadamente 7 dias.
Cuidados Após
Um dos cuidados importantes é a paciência, pois no início o nariz fica um pouco inchado.
Apesar das diversas manobras cirúrgicas e o tempo cirúrgico, o pós-operatório de Rinoplastia costuma ser indolor ou com dor leve na maioria dos casos. Pode ocorrer pequenos sangramentos nos primeiros dias e congestão nasal. É necessário repouso nos primeiros 3 dias e em seguida o paciente volta lentamente as atividades leves em casa.
O curativo externo é retirado entre o quinto e décimo dia de pós-operatório, assim como os pontos externos quando houver. É necessário higienização nasal com soro fisiológico e uso rigoroso de filtro solar fator 30 enquanto durarem as equimoses (geralmente 3 semanas).
Após 3 a 4 semanas pode retornar para atividade física. O uso de óculos é restrito por aproximadamente 2 meses quando é realizado fratura dos ossos nasais.
O resultado estético pode levar de 6 meses a 2 anos, dependendo de cada caso. Portanto, tenha paciência e cuidado com opiniões alheias precocemente.